sábado, 4 de outubro de 2014

Mercado da Ribeira

Monstro das Bolachas


Depois de um jantar na Pizzaria Casanova que deixou imenso a desejar, devido ao preço ter subido bastante, a qualidade ser um pouco inferior e o atendimento inconstante, para dizer o mínimo, lá fomos até ao Mercado da Ribeira para afogar a mágoa que a falta de açúcar no sangue pode trazer. Com a fúria da sobremesa em pleno curso lá acabámos no Henrique Sá Pessoa, quando o Crumble de Morangos e Amêndoa com gelado de Iogurte grego nos despertou a atenção, tendo em conta que o fanatismo pelos Crumble é algo comum aos 2, lá pedimos.


Primeiro sinal de alarme, quando perguntam se o Crumble é quente, e vos respondem que não, o melhor é estar quieto, e quando nos dizem que se for ao forno não fica crocante, o melhor é rir á maluca e pormo-nos a andar tal pessoa louca. Mas não, a falta de açúcar no nosso sangue era tanta ou tão pouca que lá experimentamos a sobremesa! O Crumble no valor de 4,5€ era então feita com Morangos maçerados em açúcar e hortelã, o dito "crumble" é uma espécie de crumble desfeito misturado com amêndoa laminada e no topo com o gelado de iogurte grego. Portanto, algo banal, que não sabia nem parecia um crumble de qualquer espécie, parecia sim, uns morangos em calda com uns cereais postos em cima, coisa que todos conseguem fazer, com um punhado de morangos, hortelã e granola! O sabor, nada de especial, sem surpresas, sem subtilezas ou técnicas para justificar a sua compra.

Uma pena, visto que é uma sobremesa tão fácil de agradar ás pessoas e que inclusive está na carta do Cais da Pedra, o seu restaurante em St. Apolónia. Quanto a nós, com este , não saímos satisfeitos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros

Monstro das Bolachas

Depois de tanto tempo sem aparecer por aqui, fazer um post acerca de umas ruínas dá a impressão que andámos a viver nas mesmas este tempo todo, algo que de certeza não importaria a Manguinhas visto que ela abomina o calor, e é de Trás-os-Montes, enfim...

Este Núcleo tem a sua entrada situada na Rua Augusta, nas galerias Millenium BCP, pois o banco é o curador das ruínas. A entrada é gratuita mas convém reservar, pois para as visitas está quase sempre cheio e o facto de haver em diversas linguas é também um motivo maior para se reservar para a língua pretendida. 

Com a duração aproximada de 45 minutos, somos levados por 3 eras distintas, desde a época Fenícia até aos dias de hoje,a informação é dada de maneira clara e as infraestruturas que vemos são espectaculares. Desde as fogueiras primitivas até aos poços pombalinos, a história da cidade de Olísipo, antigo nome de Lisboa é aqui parcialmente desvendada bem como a estrutura geográfica de Lisboa á centenas de anos atrás.



Um Mundo imenso para descobrir e explorar, tenham em conta que o espaço é bastante fechado e húmido pelo que pessoas que se sintam desconfortáveis em espaços apertados ou não gostem da ideia de andar debaixo do chão em ambientes húmidos, é melhor evitarem, fora isso, façam-se á aventura, não há nada mais bonito que contar á familia que andaram a ver esqueletos e tanques de garum. Têm de lá ir para saber o que é este último, digamos que não é o melhor perfume que se teria na altura...


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Restaurante- "Pizzaria Dell'Anima"

Monstro das Bolachas

Num mercado cada vez mais homogéneo, eis que surge mais uma pizzaria, desta vez na Av.Duque de Ávila. Com um espaço agradável, que inclui um jardim interior extremamente bonito e convidativo para o Verão, uma cozinha aberta ao cliente e uma sala em tons quentes e bem composta, são em si só convites, olhando para o vasto menu, que vai das massas, risotto, pizzas, bruschettas e afins italianos, estão criadas as condições para entrarmos, e assim fizemos. O couvert é bem composto, manteigas aromatizadas, tapenades, focaccia, grissinis e mais algumas coisas, têm ainda num papel de mesa onde estão os pratos, uma breve história bastante engraçada de certas regiões de Itália, um pormenor bonito e um ideia muito boa!

O pessoal de sala é extremamente simpático e atencioso, sempre dispostos a responder a questões e com uma postura amigável. O menu como já referi é mesmo bastante vasto tanto nas entradas como nos pratos principais, até nas sobremesas, e com algumas ofertas pouco usuais, como uma Tagliatelle de Beterraba, as opções, especialmente para os mais curiosos, não faltam, nós porém, já sabíamos que íamos para comer pizzas e assim foi. Como é costume, podemos pedir metades diferentes e assim fizemos. Como não estava planeado, não levámos máquina para tirar fotografias pelo que tento descrever o melhor que me lembro: Ambos pedimos uma das metades com espargos verdes, courgette, ovo, tomate, mozzarella e salame, algo que substitui na minha por alho-francês suado. A outra metade da pizza da  Manguinhas trazia carne de cavalo desfiada com ziesta de limão, tomate fresco e  mozzarella, e esta foi a estrela da refeição pois a carne era muito saborosa e o cítrico do limão dava-lhe um sabor distinto e cortava o sabor intenso da carne seca, muito bem conseguido e bem melhor do que uma que provei na La Finestra.

A minha outra metade, não me lembro ao certo, mas sei que era suposto trazer um tipo de queijo que não trazia, e o alho francês-suado era quase inexistente e o que havia estava já a mandar para o queimado, uma pena. A massa das pizzas, essa sim deixou muito a desejar, assemelhando-se a pão normal, era pesada e emborrachada, especialmente depois de arrefecer, algo que não abona a favor é o facto de as bordas não serem usadas, ou seja, acabam com um bocado enorme de pão no fim de cada fatia. No geral, o sabor das pizzas não era mau, mas deixava a desejar, pois as combinações no menu parecem aliciantes e têm tudo para resultar, mas execução ainda não chegou lá. Em comparação com um Casanova (excelentes ingredientes e espaço mas pouca oferta), o Lucca (excelente oferta na variadade e na qualidade) ou o outro acima referido, está ainda muitíssimo longe destes em todos os aspectos relacionados com o sabor e a arte da massa. Sendo que ficámos a sentirmo-nos algo áquem do desejado, não pedimos sobremesas com receio que a nossa já fundada apreensão se confirma-se.

Os preços são bastante acessíveis, entre os 9 e os 13 euros, as sobremesas rondam os 4 euros e são bastante diversificadas. No geral, se calhar por já conhecer-mos excelentes pizzarias achámos que falta ainda um caminho a percorrer no que respeita ás pizzas do Dell' Anima, sendo isso a única coisa que conseguimos encontrar de negativo, e talvez a mais importante pois é isso que se paga, visto que o espaço é muito bom e o pessoal também, esperamos que consigam encontrar o pouco que lhes falta para fazer deste espaço algo que realmente nos 'Anima!

domingo, 25 de maio de 2014

Feira Gastronómica da Malásia- Londres

Monstro das Bolachas 
A bancada

Uma das melhores coisas acerca de Londres é a diversidade cultural e a relevância dada á mesma, seja por festivais, feiras ou convivios, o espaço para a multiculturalidade é garantido e por isso mesmo, á pouco tempo houve esta feira, com o objectivo de dar a conhecer e promover a Malásia.

Acho que ele não sabia que tinha que pôr DENTRO das frigideiras!

Eu claro está, tinha de ir visitar, ver e conhecer. E no  meio de tudo, que já conhecia algumas das coisas, encontrei estas deliciosas e fantásticas "panquecas". Feitas de uma massa leve e pouco doce, são recheadas com diversos ingredientes e combinações, desde côco a feijão preto passando por Nutella a manteiga de amendoim. O resultado, uma iguaria leve, demasiado fácil de se comer, e para quem se preocupa com a linha, pouco doce mas cheia de sabor! Uma agradável surpresa num dia (raro) de Sol!
E tudo a gula levou...


A minha escolha recaiu na de doce de feijão preto glutinoso e côco ralado, com creme do mesmo. Estava muito boa, ao ponto de antes de acabar esta, pensar em ir buscar outra... Acabei por comê-la mais devagar, para durar mais :D.

domingo, 11 de maio de 2014

Restaurante-"Costume Bistrô"

Monstro das Bolachas

Quase terminada a nossa temporada no Porto, acabamos em alta depois de EU dar conta deste restaurante, sim porque às vezes andar sempre à procura de menus e restaurantes nas ruas dá um bom resultado, às vezes...

Exterior
O Costume Bistrô é um restaurante algo escondido, mas que vale a pena procurar e entrar! Localizado no segundo andar de um prédio antigo, a sala de refeições é um espaço amplo, bem ornamentado e com uma imponência elegante, com paredes altas e arcadas a dar o mote à decoração e iluminação, bastante romântica devo dizer. A carta é bastante variada e apelativa havendo elementos mais exóticos como o foye gras, até aos tradicionais como a alheira, com os preços a não serem elevados, especialmente quando os pratos chegam e se apercebem do que vão pagar, é mais que justo. O serviço foi sempre atencioso e cuidado, tirando uma (literal) guerra entre a empregada e o pessoal de cozinha que se ouviu na sala inteira, não obstante,  foi bastante profissional e educado.
 
Sala
Eu, estando no Norte, escolhi o fondant de alheira, ovo e mesclum de salada 5.50€, o que, comparado ao folhado de queijo de cabra do Clérigos estava muitíssimo mais bem valorizado que o último a nível de quantidade, qualidade, inovação e preço. O fondant era então massa filó recheada com um aparelho de alheira muito bem apaladado, de sabor distinto mas equilibrado, de certo tradicional, como a Manguinhas pode confirmar! 

Fondant de Alheira
  A gema de ovo estava confitada e seguia-se assim a tradicional combinação da alheira e ovo, e que aqui resultava muito bem com as texturas todas a complementarem-se, sendo assim uma entrada equilibrada, de consistência cremosa. Toda esta suavidade e sabores vincados eram por isso bem rebatidos pela salada leve, fresca e bem temperada com um vinagrete bem saboroso.
Crumble de Pato

De principal pedimos ambos crumble de pato com arroz selvagem a 15.50€. Pouco tempo depois chegou o prato, e vimos então literalmente a torre que se apresentou à nossa frente. Era então perna de pato confitada, desfiada e prensada num molde redondo, coberta depois por curmble de broa de milho e ervas, servido com mesclum de salada, molho de laranja e arroz selvagem. O único problema aqui foi o facto de os pratos estarem quase frios, o meu chegou mesmo a ir para trás. Tirando isso, não podíamos ter escolhido melhor. Era divinal, o pato suave e cremoso, de sabor apurado, o crumble a dar uma textura crocante e um sabor fresco. O molho de laranja estava muito bem executado e uma escolha clássica para esta carne. O arroz selvagem estava solto, al dente e saboroso, bem como a salada que mais uma vez se revelava fresca e bem temperada. Quantidade mais do que suficiente, saboroso e perfeitamente executado, sem dúvida, a repetir, o que é difícil visto que os outros pratos também são bastante tentadores.

Strudel de Banana e Creme de Canela
Sobremesas, strudel de banana, creme de canela e gelado de café para mim (5.50€) e o que viria a ser uma das melhores sobremesas de sempre da Manguinhas e a melhor deste ano até agora, o  fondant de caramelo e gelado de framboesa (5.50€)! Se a refeição foi boa, só ficou melhor, o meu strudel estava delicioso, servido quente, o recheio trazia a banana, passas e frutos secos, com o creme de canela sedoso, e o gelado bem intenso em sabor, cortando o adocicado do resto do prato, estava assim presente a noção de texturas e temperaturas que chocam e que se complementam ao mesmo tempo, uma aposta ganha!
A Oitava Maravilha Gastronómica da Manguinhas.
Melhor só o fondant de caramelo que me fez repetir colheradas, algo que nunca acontece! Nunca! Era ver a Manguinhas feliz da sua vida ao descobrir que afinal caramelo e fondant era uma combinação quase tão boa ou melhor do que chocolate. O sabor era suave mas proeminente, sedoso como deve de ser, o seu gosto perdurava na boca e cada colherada demorava-se a saborear. Perfeitamente executado, firme por fora e líquido por dentro, esta foi eleita uma das melhores sobremesas do Porto, disse-nos a empregada, e de facto confirmou-se para nós, e foi mais além até, foi uma das melhores que já comemos este ano, uma surpresa que por si só vale a visita! Já a Manguinhas tem de ter uma restrição do tribunal para se manter afastada do espaço… Mas o melhor é só agora termos reparado que na ânsia, só UMA FOTO foi tirada ao dito, fica assim o mote para irem vocês mesmo tirar as vossas conclusões ;)

No final gastou-se 53.50€ com água e couvert, um preço mais que justo, pelo serviço, espaço e qualidade. O Bistro está no bom caminho para se tornar o Costume das pessoas do Porto, pois sem dúvida iremos regressar e aconselhar!


domingo, 20 de abril de 2014

Restaurante- "Arroz de Forno", Porto

Monstro das Bolachas
Interior

Continuando a nossa viagem pelo Porto, ficámos por este restaurante típico e acolhedor perto da estação de São Bento. Com 2 salas enormes, divididas por 2 andares, a decoração é natural e rústica, com paredes feitas de madeira antiga e pedras ainda mais antigas, aqui o tradicional é o orgulho que se mostra! O serviço é prestável e atento, com um conhecimento integral e especifico acerca dos pratos o que nos fez crer que tudo era feito no restaurante, sobremesas sendo o aspecto mais fulcral visto que por vezes são feitas fora e trazidas para os restaurantes.

A carta é regional e aposta nos sabores típicos do Norte, Cabrito, Bacalhau, Polvo, Amêijoas e pelo que nós provámos, feitos com mestria. Desde os ingredientes de qualidade até aos utensílios utilizados, é visível a dedicação de quem respeita e sabe o que fazer com a gastronomia local e seus sabores. Depois de vermos a carta pedimos Polvo á Lagareiro (14€) e Bacalhau á João do Porto (13€). Escolhas acertadas, o tempo de espera foi algo longo mas quando chegaram percebi porquê, penso eu... Os nossos pratos tinham sido feitos no forno em tachos de barro, que dão um sabor diferente aos cozinhados e que já agora, são bastante caros, mas valem cada centimo pois duram uma vida e não existe nada melhor onde cozinhar no forno, na minha opinião.

Polvo á Lagareiro 14€.
O Polvo vinha muito bem servido a nivel de quantidade, só o azeite se fazia notar devido á falta, mas fora isso, o sabor era brilhante! Fresco, apurado, bem temperado e tenro q.b, fazia-se acompanhar por umas batatas assadas que foram as melhores que já comemos em qualquer lado! E nós já comemos fora á algum tempo! Viciantes, com uma textura pastosa no interior e crocante no exterior, a pele tostada comia-se como se fosse um pequeno snack! Os produtos do Norte no seu melhor sem dúvida!
Bacalhau á João do Porto 13€.

O Bacalhau, estava igualmente bom, na minha opinião melhor, pois vinha servido no barro e a nadar em azeite como eu gosto, de sabor intenso e apurado pelas cebolas, porque os pimentos apesar de dizer na Carta que os trás, o facto de serem apenas 2 tiras e cruas acho um pouco inadmissível, um aspecto negativo a meu ver, e o facto de a posta ser bastante pequena também não ajudou, até a Manguinhas reparou antes de mim, o que diz bastante! Não obstante, o sabor era excelente, o bacalhau no ponto, as batatas extremamente boas como antes descrevi e a cebolada com  o azeite eram o toque final perfeito para o conjunto que graças ao barro tinha um sabor mais robusto! Escolhas acertadas, e pelo que vimos dos outros clientes, as restantes ofertas não parecem ficar atrás.
Tarte de Lima 3,50€.

Para sobremesa pedimos a opinião de uma empregada que nos disse que tudo era feito ali, algo que acredito pela descrição que fazia delas e pelo carinho que demonstrava ao fazê-lo. Das várias ofertas tentadoras, a escolha recaiu na Tarte de Lima (3.50€!!!) para os 2! O preço fez-nos sorrir ainda mais quando chegou á mesa a nossa escolha! Seria impensável comer algo tão bom, tão grande e por ventura caseiro, em LX a este preço! Mas o que nos  fez felizes foi o facto de o preço baixo não revelar uma qualidade semelhante, de facto era o inverso, a tarte era estupenda! A base era de uma textura bastante consistente, nada doce e quebradiça, feita de algo integral devido á cor, mas o recheio, esse sim, era brilhante! Um creme espesso com sabor a lima, que se demorava na boca, o tempo ideal para absorver toda a mestria e sabor aqui presentes. De uma acidez que estava perfeitamente balançada com a doçura, tinha ainda espaço para um caramelo caseiro no limite de se tornar amargo, bem como eu gosto, levado ao ponto! A repetir, vezes sem conta!

No final a conta ficou-se por uns modestos 35,20€ com uma água de meio litro, um preço mais do que justo para a qualidade que nos foi presenteada. Um restaurante a visitar e que sem dúvida respeitou o bom nome que se dá á cozinha feita do, e no Norte.

sábado, 12 de abril de 2014

A melhor tarte do mundo!

Manguinhas

Pois que agora o Monstro anda lá para Londres, ofícios da profissão, e quando ele vem cá de férias é uma desgraça, desta vez não foi excepção. Foram jantares, almoços, doces e doces e... doces, de maneira que agora me encontro quietinha no meu cantinho a recuperar a linha, que felizmente nunca perco ;)
Bem, ele diz que tem bolacha, aroma de coco, caramelo salgado e chocolatinho Jubileu (claro está que é o meu preferido), mas para mim é simplesmente a melhor tarte de aniversário do mundo;)


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Restaurante - "Clérigos", Porto

Monstro das Bolachas

De visita ao Porto, o facto de não se ter casa onde comer, dava o mote perfeito para ir conhecer a gastronomia excepcional do Norte do país, o berço da nossa nação e digam o que disserem, do nosso BOM comer!



Interior do restaurante
Este espaço fica como o nome indica, muito próximo da Torre dos Clérigos. É enorme, composto por um restaurante mais formal, um bar de sushi, brasserie, tapas e ainda com lugar para pizzas e uma cafetaria, tudo dividido mas dentro do mesmo edifício e com cartas separadas e todas elas bastante apelativas!

Estaladiço de chévre, doce de tomate e gengibre 8€.
O restaurante mais formal, é bonito e acolhedor, o serviço irrepreensível e atento e com uma carta variada e apelativa, é um espaço a ter em atenção. Saliento o couvert composto por um pão delicioso e um aioli de alho viciante! A minha entrada recaí sobre um preferido estaladiço de chévre com compota de tomate e gengibre 8€! Bom e saboroso, embora nada de especial ou novo, faltando equilíbrio no doce, enquadra-se na aposta segura que este prato costuma ser, mas obviamente demasiado caro em relação à quantidade.

Lombo de bacalhau,migas e camarão crocante 14€.

Para principal, lombo de bacalhau com miga de grão, camarão crocante, padrón e puré de alho (14€) para mim e caril de gambas com okra, paparis crocante, basmati e chutney de ananás (13€) para a menina. O lombo de bacalhau estava suave e saboroso e o prato no seu todo resultava em termos de sabor, o único senão era a falta de sal em todo ele que impedia os sabores de brilharem, tal como o fizeram assim que levaram com o belo do sal. O puré de alho era pungente e uma excelente adição ao conjunto.

Caril de gambas e chutney de ananás 13€
O caril foi a estrela da refeição, um equilíbrio excelente, cremoso e com as especiarias bem controladas.Camarão de qualidade, fresco e cozinhado na perfeição, bem como o okra um vegetal indiano de consistência algo pastosa. Quantidade mais do que suficiente EXCEPTO no chutney de ananás que este sim, foi o ponto essencial da noite, com pequenos fios de açafrão a complexidade de sabores. Era brilhante e um complemento perfeito ao prato! E mais viesse! Basmati solto como se quer e paparis crocante e saboroso davam os remates finais ao todo!

As sobremesas foram uma decepção, especialmente depois dos pratos saborosos. A escolha recaiu na tarte de maçã caramelizada e gelado de baunilha a 4€ e num crumble de maçã a 4€ também. No 1º caso, a maçã caramelizada estava desprovida de qualquer sabor, caramelo nem vê-lo e a maçã mal se sentia, servido frio na nossa opinião jogava ainda mais contra, ainda para mais com o gelado, não parecia fazer grande sentido. Pelo contrário a base crocante estava boa mas não diminuiu a desilusão.
O crumble, para pena minha, estava banal, sendo que a fruta não tinha qualquer tipo de sabor diferente ou digno de destaque, e o crumble nem estava doce, nem sabia a manteiga, nada de nada...Uma grande pena...

Com um total de 47€ com água e couvert, uma experiência agradável, num espaço acolhedor e cheio de potencial, com bastante oferta e simpatia. Ainda com algumas coisas para aprimorar, vale a pena visitar e experimentar as opções apelativas deste espaço multi-facetado. 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Peixe em Lisboa 2014

Manguinhas

Está quase quase aí a espreitar a edição deste ano do Peixe em Lisboa.

(E a banda sonora do vídeo promocional não podia ser melhor ;) 
Desculpa Monstro, mas não resisti, tinha de fazer tal  observação!!)


Mais informações em:

http://www.peixemlisboa.com

https://www.facebook.com/pages/Peixe-em-Lisboa-Lisbon-fish-flavours/161036027267784?fref=ts

H3

Manguinhas

H3, o nome é pequenino pequenino mas associado a coisinhas boas boas. Outrora o nosso discurso volta e meia era este:
Monstro: Onde te apetece ir comer?
Manguinhas: Podíamos ir experimentar o H3...
Monstro: Oh não me apetece muito hambúrgueres...

(Num outro dia qualquer)

Monstro: Podemos ir ao H3 comer se tu quiseres...
Manguinhas: Oh não me apetece...
E pronto o discurso era sempre este e nunca chegámos a ir lá de facto. Até que um dia, eu e umas amigas, decidimos ir lá e gostei bastante. Para mim é, no âmbito do fast-food, aquele que apresenta melhor relação qualidade-preço. Na altura escolhi o h3 benedict, composto por espinafres frescos, molho holandês e ovo escalfado, e adorei. A carne do hambúrguer é óptima e o prato pode ser acompanhado por batata e/ou arroz thai.     

A última vez que lá fui experimentei o h3 mediterrâneo, com rúcula, tomate seco, lascas de parmesão curado, azeite e limão e também foi uma boa escolha, contudo, achei que poderia vir com mais queijo e, sinceramente, não me recordo com certeza, mas penso que não tinha o tomate seco... 
O prato e uma bebida à descrição fica por menos de 10€, um valor equilibrado...

Mais informações: 

http://www.h3.com/pt.html
https://www.facebook.com/h3hamburguergourmet

quarta-feira, 12 de março de 2014

A ressacar seriamente...

Manguinhas

Só para avisar o Monstro (e atenção que este recado vai directamente para ele) que me encontro a ressacar seriamente do seguinte: 

- Sushi;
- Apple Cobbler do Hard Rock;
- Pizza do Casanova (depois de um dia repleto de sol);
- Gyozas do Martim Moniz e respectivo "pastel verde";
- Broa de mel da pastelaria que fica ao lado de uma casa de bifanas na Praça do Chile;
- Peshawari Naan de passas e cocô;
- Pastéis de Belém.

E pronto é isto!

Santini... a 8ª maravilha;)


Pois é meus amigos, eis que eu, Manguinhas, ainda respiro e existo enquanto ser vivo...;) E qual é a 8ª maravilha qual é qual é?? SANTINI, para o menino e para a menina, para o Verão e para o Inverno. 

Nunca percebi bem o porquê das filas intermináveis à porta durante praticamente o ano inteiro, até que decidi: "ok vamos lá ver o que é que estes gelados têm assim de tão especial"... Então, as razões resumem-se a uma palavrinha, "sabor", gelados artesanais de qualidade, com sabores invulgares, originais e muito bem conseguidos. Alguns dos sabores vão variando semana a semana e ainda têm a possibilidade de ajudar uma instituição de solidariedade social. 

Menta e Chocolate, sendo um dos meus sabores preferidos em gelados, é garantido que terá de ser o próximo. O problema é que eu quando chego ao Santini e olho para o quadro preto onde estão os sabores dos gelados apetece-me comer quase todos e depois fico duplamente deprimida. Primeiro quando não posso provar todos e depois, quando percebo que o sabor escolhido não durou para sempre e foi-se, opá....

Ora derratam-se visualmente aqui:

http://www.santini.pt/

https://www.facebook.com/geladoSantini?fref=ts

terça-feira, 11 de março de 2014

Restaurante- "Cinnamon Soho", Londres

Monstro das Bolachas

Continuando na linha da cozinha étnica, decidi visitar este restaurante, o mais em conta dos 3 da cadeia Cinnamon que existem em Londres, sendo que o mais caro tem pratos a 30 libras, são restaurantes bastante conceituados e pelo que pude comprovar, bastante bons a julgar por este.
O espaço é pequeno, com pouco iluminação e escondido numa rua vazia na zona de Soho, a decoração minimalista. Algo que não ajuda muito no que respeita ao ambiente. O serviço tenta ser amigável e acolhedor mas esbarra numa capacidade quase cómica, de os empregados se enganarem como quando nos disseram que a comida não era picante, e as entradas eram quase todas bem picantes, ou não saberem o que são os pratos que apresentam ou as bebidas que têm, a coisa começou então desta forma, que me fez começar a pensar se isto seria boa ideia...
Aperitivo Papdi Chaat

Indo a um Domingo, o menu era fixo bem como o preço. Deu-se então o inicio com o aperitivo, Papdi Chaat, Bolo de Batata braseado com lentilhas estufadas e Bolo de Grão a vapor acompanhados por chtuneys caseiros. Estava tudo muito bom, sendo a surpresa o bolo de grão a vapor, leve e aromático com um travo a côco pelo meio e um chutney agridoce no topo, revelava-se perfeito em textura, pena não haver mais. O Bolo de Batata braseado e lentilhas estufadas surpreendia pelo contraste de texturas, com o exterior crocante mas o seu interior quase pastoso, revelando um aparelho de batata que não era pesado mas denso e bem condimentado, ligando bem com as lentilhas e com o molho de iogurte no topo do mesmo. Excelente execução e sabor em tudo.
Entrada, Kebabs Misto

Passámos ás entradas um prato de Kebabs Misto que era composto por Salmão Tandoori com molho de rábano e salsa, Tikka de Frango como molho de coentros, Camarão salteado com Sweet Chilli e Shikampur vegetariano (este último uma mistura de vegetais em forma de falafel) com iogurte e pickles. Continuo assim a boa execução e sabor do prato anteiror, destacando-se o Shikampur o pequeno bolo estava carregado de sabor e especiarias que no entanto se revelava equilibrado e bastante saboroso, com alguns bocados do seu recheio perceptíveis, tinham uma boa consistência. O restante estava também saboroso mas nada que já não se conheça, apenas o Salmão Tandoori se revelava um pouco demasiado passado do ponto e com falta de sal, o oposto dos Camarões Salteados que estavam perfeitos, suculentos e frescos com o molho perfeito para os acompanhar.
Dourada Assada em especiarias e côco

De Principal, das 3 escolhas optou o meu colega pela Dourada Assada inteira com côco e especiarias e molho de coentros, e eu pela Perna de Borrego braseada lentamente como molho de açafrão e arroz de cominhos, lentilhas negras estufadas e Naan como guarnição para ambos os pratos. Escolhas acertadas, pelo que o meu colega me revelou, o seu peixe estava muito bem confeccionado e saboroso, com uma esmagada de batata e especiarias a acompanhar o prato, o seu molho de coentros era viciante e cheio de sabor, algo que o Naan fazia transportar lindamente!
Perna de Borrego braseada, molho de Açafrão

Naan, Lentilhas negras estufadas, molho de Coentros

 A minha escolha para mim foi melhor, a Perna de Borrego braseada vinha sem osso e a carne suculenta  a desfazer, com uma dose de especiarias q.b que permitiam saborear a carne, tendo assim o equilibrio perfeito. O molho de açafrão, apesar de não saber a tal estava muito bom, espesso e também ele viciante e ligando bem com o Arroz de Cominhos e Espinafres salteados também eles saborosos e bem feitos sem estarem a saber a alho queimado ou demasiado cozinhados. As Lentilhas negras estufadas eram deliciosas e repletas de sabor e com uma boa textura tal como o Naan, encontravam-se assim ao patamar de tudo o resto, muito sabor, bem cozinhados e em boa quantidade. Excepto o pão, porque esse nunca é demais, pedimos um Peshawari Naan, que só chegou quando já nos tinham levantado os pratos e que se revelou pequeno e caro, 4 libras por um tamanho que era metade dos que temos em Portugal geralmente.
O melhor(não Peshawari )Naan que já comi!

MAS valeu a pena, pois o que veio não era o típico e correcto Côco e Passas que é normal, mas sim um Naan recheado com Nozes, Pistachios, Amêndoas, Côco e algo doce que não percebi se era calda de açúcar... Resultado, o MELHOR Naan que já comi! Os frutos secos estavam quentes e crocantes, adocicados e fazendo contraste com o pão fofo, cada dentada era saboreada vagarosamente, uma surpresa que fez valer toda a refeição e pela qual voltaria lá para um take-away!
Selecção de Sobremesas

As sobremesas foi infelizmente o realizar do que se diz sempre, que é melhor evitar nos indianos (excepto no Zaafran). Outra engraçada em relação ao serviço, pedi se a minha tarte podia ser substituída por algo diferente, fosse o que fosse pois não podia comer chocolate. O que é que fizeram? Puseram uma tarte noutro prato e fim, azar de quem não come chocolate que não leva mais nada, por causa das manias das alergias... Selecção de Sobremesas: Tarte e Chocolate e Cominhos, Bolo de Cenoura Negra, Pêra escalfada em açafrão com arroz doce, Bolo Pegajoso de Gengibre e Toffee e gelado de Canela e Cardamomo. Aqui parecia que tínhamos ido a outro restaurante pois nada estavam decente nem ao nível do anteriormente servido. Por partes, a Tarte de Chocolate e Cominhos não tinha cominhos tendo sim uma base de biscoito ridiculamente fina. Bolo de Cenoura Negra não sabia a nada e até tive medo de pensar como é que a cenoura teria ficado daquela cor, pois a textura do bolo era esfarelada e insípida, muito medo...Pêra escalfada em Açafrão com arroz doce estava banal, a pêra era o que se esperava mas o arroz estava demasiado cozinhado sendo apenas arroz cozido em leite e açúcar. Bolo Pegajosos de Gengibre e molho Toffee  nada tinha de gengibre e o Toffee sabor insípido, apenas doce e nada de caramelizado como deveria de ser, daí o nome. O Gelado de Canela e Cardamomo foi o único que se salvou estando saboroso e perfumado.

No final de tudo revelou-se uma refeição que poderia ter sido muito boa, se não fosse as sobremesas péssimas e o serviço mais que atabalhoado, sendo que o intervalo de tempo entre o Peshawari Naan ter sido pedido e ter sido entregue foi de 15 minutos já depois de terem levantado os pratos, nem pedindo desculpa ou justificando, e as sobremesas depois terem demorado outros 20, fica assim nota negativa pois o espaço tinha apenas mais 4 mesas e 3 empregados dariam bem conta do serviço.
Com um menu fixo posso apenas avaliar o mesmo, como é óbvio, o preço de 24 libras sem bebidas e taxa de serviço (gorjeta) é justo, para a quantidade e qualidade. Apenas o Peshawari se revelou caro mas mesmo assim merecedor, com uma conta a rondar as 33 libras por pessoa isto é o mais barato que se consegue na familia dos restaurante Cinnamon. Mas pelo que comemos neste, os outros 2 acima devem de ser algo digno de visitar no futuro...

A visitar, mas mantenham.se longe das sobremesas e peçam um Peshawari para fazer a vez delas ;).

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Restaurante- Shoryu Ramen, Londres, Soho

Monstro das Bolachas
Shoryu Ramen, Soho

Seguindo o post anterior, mantive-me pelo tema de comida japonesa que sempre vi nas Animes, desta feita fui descobrir o que torna o Ramen único, delicioso e mais impressionante, a cultura em seu redor. Sendo assim, escolhi entre vários restaurante e selecionei o Shoryu Ramen em Soho, pois existe outro em Regent Street. O que torna único o Ramen é o seu caldo e a massa, noodles. Cada caldo tem bases diferentes, textura, cor, profundidade e sabor consoante a proteína que se usa, a mais comum e apreciada é o porco, que dá pelo nome de Tonkotsu, um caldo á base dos ossos do mesmo, usado para uma panóplia impressionante de pratos, que neste restaurante é o que se serve. O Chef, é famoso pelo seu Hakata Tonkotsu, o caldo da sua cidade natal. Como aqui existe uma variedade enorme de experiências gastronómicas para experimentar, juntei a minha curiosidade á causa das dores de cabeça da Manguinhas, o comer fora, e lá fui eu com um colega de trabalho.

O espaço é agradável e acolhedor, uma decoração em castanho com grandes telas pintadas e bambus tornam-no num refúgio do ritmo vertiginoso desta cidade. A cozinha aberta deixa antever e observar os pratos e o seu processo, e mais importante que isso, sem o cheiro ou o barulho que se pode gerar num espaço assim. O único problema que tive foi quando olhei para as mesas, não havia mesas para 2 pessoas! O mínimo seria para 4, todas as outras eram corridas, com números em cada lugar, ou seja, privacidade seria mentira, este é o estilo cantina, servir rápido e dar lugar a outro o que não tem nada de mal, só não é o meu conceito.
Cozinha aberta para a Sala

O menu é vasto em todas as secções e com ofertas bastante aliciantes não se limitando aos Ramen, tendo também arroz e sushi! Sendo a base de todos os  Ramen o Tonkotsu, a variedade está no que vem servido com ele, desde o tipo de massa, a proteína ou os vegetais, a escolha foge ao normal e introduz muitos ingredientes e especiarias orientais como o citrino Yuzu ou o Nitamago, ovo cozido em soja com a gema ainda líquida, ou ainda o Kikurage uma espécie de cogumelo.

Pork Belly Hirata Bun 4 Libras
Após uma difícil escolha acerca do que pedir, optámos por 2 Hirata Buns, 1 de Pork Belly e outro de Halloumi& Shimeji 4 libras cada. Aqui o serviço começou a cair na desgraça, pois as supostas entradas chegaram com os pratos principais, e só veio 1, tive de relembrar os empregados 2 vezes que faltava o outro. No que toca á nossa escolha foi excelente, os Hirata vinham bem recheados e mesmo MUITO saborosos. O de Pork Belly (Barriga de Porco) era uma fatia bem grossa, tenra a desfazer e coberto com um molho agridoce bem balançado, servido com vegetais para balançar tudo, o pequeno pão a vapor era o acompanhamento perfeito para absorver todos os sabores e tem uma textura fantástica, resistente e meio elástico com um sabor característico.
Halloumi&Shimeji Hirata Bun 4 libras

 Mas o meu estava melhor, o Halloumi&Shimeji trazia o queijo crocante numa massa de tempura, os cogumelos salteados, alface, Sweet chilli sauce e uma espécie de maionaise que não consegui definir o que era, mas estava excelente. O contraste das texturas e a ligação dos molhos faziam desta uma entrada a não passar, sendo o pão mais uma vez o "veículo" perfeito para tal combinação de texturas e sabores!
Origin Tonkotsu 9 Libras.

Para principal, Origin Tonkotsu, o Tonkotsu original a 9 libras, e um Fire & Ice Salmon Tsukemen para mim, 12.50 libras. O 1º era o mais simples de toda a carta, constituído por rodelas de porco braseado, Spring onion/cebolinha, Nitamago, pickle de gengibre/Gari, cogumelos Kikurage e alga Nori, com os indespesáveis Noodles e Caldo Tonkotsu. O caldo tinha um sabor suave e os outros ingredientes estavam todos bem apaladados e distintos de sabor entre si com destaque para o Nitamago, ovo cozido em Soja que se revelou uma estrela por si só. O facto de se comer tudo junto com o caldo dá um novo patamar á degustação e texturas que nunca tinha encontrado antes, simples e saboroso, com destaque também para os Noodles, al dente e muito bons, e para os cogumelos Kikurage com uma textura e aspecto que faz lembrar orelha de porco, com uma resistência algo elástica, mas saborosos.
Fire&Ice Tsukemen. 12,50 libras.

O meu Fire & Ice era um dos pratos que nos faz olhar para ele, pois é servido em 2 separadamente, empratado com cuidado e em altura, com uma panóplia de cores que se destaca dos demais que vi no restaurante. Numa tigela grande cheia de gelo, vem uma esteira de bambu com o "prato" e numa tigela á parte o Wasabi-Tonkotsu quente. Era assim constituido por Salmão fumado,Nitamago, pickle de gengibre/Gari, Noodles, Kikurage, alga Nori, rebentos de bambu e rodelas porco braseado. A ideia do prato seria o contraste entre o caldo quente e com um travo a picante e os restantes ingredientes frios, e a ideia estava bem conseguida pois os 2 complementavam-se perfeitamente. O caldo Wasabi-Tonkotsu, tinha uma sabor mais forte do que o outro e bem mais picante, contudo ao comer os outros elementos frios esse efeito era atenuado e a combinação alcançada, no final, pode-se comer como se quiser, separado ou juntar o que se pretender ao caldo. O destaque, apesar de tudo estar delicioso, recai no Salmão fumado, uma tranche do lombo fumada com um sabor bastante característico que nunca encontrei, o sabor mais semelhante seria o Bonito ou um Atum fumado. Uma excelente escolha entre muitas outras que irei de certo experimentar.
O prato completo.

Desta vez não se comeu sobremesa, pois fomos comprar Pastéis Doces de Feijão vermelho a Chinatown, mas a oferta era bastante tentadora com Cheesecakes de Chá verde, Yuzu e muitas outras, mais um motivo para voltar :D.


O preço ronda as 25 libras por pessoa com 3 pratos, devido á taxa de serviço, que significa que não pagam apenas o preço do que comeram, mas também essa taxa que serve de "gorjeta", um aspecto a não esquecer! Os aspectos negativos são a falta de espaço e privacidade nos lugares, pois são todos lado a lado e o facto de o barulho se tornar demasiado se estiver muito cheio. O serviço embora simpático é atabalhoado e cheio de falhas, numa ocasião 4 empregados de mesa em intervalos de 5 segundos(eu contei) vieram pedir para levantar a tigela do meu colega que ainda não tinha terminado, o que criou um ambiente um pouco constrangedor para nós e irritante!

Fora isso, recomenda-se vivamente, mas por favor nada de sorver ruidosamente a massa especialmente com os lugares tão próximos, o mais certo é a vossa massa ir parar na tigela de alguém desconhecido, aí será outro tipo de convívio, bem mais físico e com uma vista guiada a um posto de urgência ou interrogatórios policiais :P.

Site:http://www.shoryuramen.com/
Facebook:https://www.facebook.com/ShoryuRamen

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Fast-Food Japonesa- Onigiri

Monstro das Bolachas
Onigiri de Salmão

Poucas serão as pessoas que não ouviram pelo menos uma vez nomes como Naruto, Bleach ou Dragon Ball, contudo não devem de ser muitas que têm a oportunidade de encontrar, experimentar e ser completamente apanhados de surpresa por alimentos que se vê em séries de Anime. Num passeio pela zona do Soho em Londres, entrei numa loja japonesa onde se vendia inúmeras coisas tradicionais, desde bolos a pratos completos, eu fiquei pelo Onigiri, um triângulo de arroz envolto em alga nori, com vários recheios á escolha. Eu neste caso arrisquei pelo de Salmão. E qual não foi o espanto quando vi que no pacote até trazia o método a utilizar para tirar o dito cujo de dentro do seu pacote, um conselho, SIGAM-NO, pois eu não o fiz e a coisa ia se esbandalhando toda o que seria de facto terrível pois era muito saboroso!
O recheio do Onigiri de Salmão

Fiquei extremamente espantado ao trincar o Onigiri pois estava á espera de encontrar uma Nori mole como se encontra em muitos casos, um arroz meio seco e sem tempero e um recheio de Salmão algo duvidoso. Nada disso, o resultado foi de alegria extrema ao trincar uma alga crocante como não comia á muito,  cheia de sabor! Um arroz, solto, bem temperado e fresco e um Salmão lascado, suculento e também bastante fresco. É disto que se fazem passeios e novas descobertas, conhecer e sermos levados de surpresa, por recantos, zonas ou comidas que nos surpreendem e nos fazer sorrir, ao pensar que uma simples iniciativa de explorar uma pequena rua, se pode por vezes demonstrar uma descoberta e um momento bem passado...